A bela cidade de Mundo Novo, situada na borda da Chapada Diamantina, foi fundada no dia 10 de outubro de 1833, pelo bravo sertanejo José Carlos da Motta, segundo conta os relatos que vem ultrapassando gerações, José Carlos da Motta e seus tropeiros, vieram para cá em busca de água e pasto para seus rebanhos, ao chegar aqui na região, ficou deslumbrado com grande quantidade de água e pasto que por aqui é comum, e então proclamou a seguinte frase: Isto aqui é um mundo novo! Dando origem ao nome da cidade. O município de Mundo Novo tem uma área de 1.499 quilômetros quadrados, com uma população de 21.273 habitantes, segundo o Censo Demográfico do ano de 2000.

    Os pontos turísticos de Mundo Novo são a Fazenda Jequitibá, onde estão instalados o Mosteiro e a Fundação Divina Pastora . Também pode ser visitado o único sítio histórico da cidade, o primeiro prédio residencial construído na rua Cel. Francisco Lima, construção estilo colonial do século XIX . Também deve ser feita uma visita ao Monte da Santa Cruz, donde se tem uma visão panorâmica da cidade, bem como uma paisagem paradisíaca das maravilhosas cercanias. No topo desse Monte está erigida a Capela de São Judas Tadeu, inaugurada no dia 3 de maio de 1910.

     

                                        Parque de exposição Nestor Duarte

|   |Com seu rebanho em crescimento, os pecuaristas de Mundo Novo se reúnem a fim de expandir suas criações a outras cidades e regiões, eles tiveram uma grande e vitoriosa idéia de construir um parque de exposição.

    E com a ajuda de governantes da época e suas doações eles se juntaram em uma área na entrada da cidade e ali iniciavam a construção de uma das grandes jóias de Mundo Novo, o parque de exposição Nestor Duarte.  Começando assim a construção de pavilhões com cocheiras e argolas onde então eram postos seus animais, e ali esses eram visitados por pecuaristas e turistas de todo país. Tais pavilhões foram batizados com nomes de grandes homens de nossa cidade.

    Assim foi iniciada em 1938 com repercussão nacional, umas das primeiras exposições a serem realizadas aqui, trazendo sempre para Mundo Novo um grande número de pecuaristas e visitantes de outros estados do Brasil. Apresentando a todos os melhores das raças bolvinos, eqüinos, ouvinos, caprinos, suínos e etc.

    Apostando na melhoria de seus rebanhos, nossos pecuaristas deixam espaços abertos para outros expositores, e assim eram realizados concursos e desfiles premiando os melhores das raças como grande campeões, e assim incentivando seu criadores na melhoria do seus exemplares.

    E com o grande sucesso da exposição as visitas de autoridades vinham aumentando, foi quando na presidência de Carlos Oliveira Barreto de Araujo em 19 /11/1955, foi inaugurada a tribuna de honra onde grandes nomes da política e da pecuária mundonovense discursavam fazendo elogios e trazendo idéias novas para nossa cidade.

    Com o decorrer do tempo o parque vem mudando sua estrutura para atender melhor os pecuaristas e visitantes, sendo construída uma sede para o leilão que hoje se tem uma repercussão de nível nacional e vem batendo recordes de vendas ano a ano. Também foi aproveitada as estalações de dois pavilhões construindo uma das melhores áreas de shou da região abrilhantando assim com bandas e artistas de nossa região.

    Graças a idéia desses grandes e corajosos homens que aqui habitaram podemos ter orgulho desse patrimônio que faz parte da vida dos mundonovenses onde são realizadas grandes festas de exposição e outras festas de repercussão nacional, como nosso São Pedro.

Mundo Novo Ba

José de Dome - Desenhista e Pintor

Desde menino admiro, e muito, um lindo trabalho de pintura em azulejo, datado de 1961, na parte externa do Banco do Brasil, agência em Mundo Novo(Ba), acredito que este trabalho faça parte da história da minha cidade. Mas a final quem foi Zé de Dome? Nascido em Estância(Se) em 29.12.1921, José Antônio dos Santos, cafuzo(cruzamento de índio com negro), homem de fala mansa, olhos grandes, extremo bom gosto. Este sergipano, na infância era conhecido como  Zé de Dome, apelido de casa, já que sua mãe se chamava Dometília e servia para diferenciá-lo de tantos "Josés" de sua cidade natal. Mas juridicamente requereu a mudança de seu nome, José Antonio dos Santos, para José de Dome, isto em maio de 1974.Viveu em Salvador(Ba), nas palafitas de Massaranduba. Seu sustento era vender seus quadros, mas trabalhou como operário em fábrica de tecidos, foi servente de pedreiro, guarda-noturno, entregador de pão dentre outras. Sempre comprou livros e revistas, pois tinha uma grande paixão pelo teatro.Seu primeiro trabalho: Igrejinha de Massaranduba em 1943. José de Dome produziu vários quadros de pintura a óleo e realiza em meados da década de 50, sua primeira exposição individual, nesta época já morava no bairro dos artistas, no Rio Vermelho em Salvador-Ba, permanecendo até 1965, quando então se muda definitivamente para  o Rio de Janeiro (RJ) e fixa residência em Cabo Frio onde constrói seu atelier. Não fazia figura igual ao desenho, transmitia a mensagem que a figura lhe deu, por isso dava-se impressão de trabalho não acabado. José de Dome pintou durante 40 anos ininterruptos, realizando mais de 100 exposições individuais e coletivas em vários estados, detre eles, Bahia, Sergipe, São Paulo, Rio, Pernanmbuco e Paraná. Este é o perfil humano e artístico deste pintor sergipano, talentoso, genial e conhecido por todos que se interessam por Arte Contemporânea. Morreu de infarto quando saiu de casa pela manhã para fazer sua tradicional caminhada, em 15 de abril de 1982, em Cabo Frio (RJ). Foi homenageado pelos cabofriense que deram o seu nome a rua onde viveu por 17 anos, lá também existe a casa de cultura José de Dome. Em Aracaju, também em sua homenagem existe a Galeria José de Dome, situada a rua José de Dome, 61, Farolândia, onde estão expostos, permanentemente, vários de seus trabalhos.